Síndrome de Burnout: como as empresas podem proteger sua equipe e evitar o esgotamento
A Síndrome de Burnout continua em alta no Brasil, afetando mais de 30% dos brasileiros, porém, os empregadores podem desempenhar um papel fundamental na redução desses números preocupantes.
O final de ano é um período desafiador para os profissionais de finanças e contabilidade, que têm a responsabilidade de "fechar o ano" das empresas e se preparar para as demandas futuras. Além disso, a exaustão acumulada ao longo do ano torna essa época ainda mais conturbada tanto para as empresas quanto para os colaboradores.
A síndrome de Burnout, também conhecida como esgotamento, continua em alta no país, e o Brasil é o segundo país com o maior número de casos diagnosticados, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA). Além disso, dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) revelam que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome.
Essa condição se torna uma preocupação ainda maior para as equipes de finanças e contabilidade durante o período de fim de ano. O esgotamento dos colaboradores pode ser particularmente prejudicial durante o processo de contabilidade de fim de ano, diminuindo a produtividade, prejudicando o engajamento e até mesmo causando problemas físicos e mentais.
O esgotamento e a falta de motivação no ambiente de trabalho não devem ser considerados normais, pois são sintomas da síndrome de Burnout. Essa doença pode ser causada principalmente pelo ambiente de trabalho, o que torna a empresa a principal responsável pela saúde mental do profissional. Portanto, a empresa desempenha um papel fundamental na prevenção desse problema, na manutenção da produtividade de seus colaboradores e até mesmo na prevenção de possíveis consequências jurídicas.
Pensando nisso, a empresa especialista em recrutamento Robert Half separou algumas informações importantes sobre a síndrome de Burnout para ajudar as empresas a evitar que seus colaboradores sejam afetados. Confira abaixo!
O que é a síndrome de Burnout?
A síndrome de Burnout é um distúrbio emocional que leva ao estresse, à exaustão mental e física e ao esgotamento. Essa doença é resultado de situações que envolvem competitividade ou responsabilidade extrema, o que é muito comum nos ambientes profissionais. Atualmente, o transtorno está incluso na Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
Apesar dos dados da ISMA, especialistas acreditam que o número de casos aumentou ainda mais após a pandemia, devido a motivos como a maior carga de trabalho, maiores exigências nas tarefas, pressão por maior produtividade, falta de férias, sobrecarga de horários, falta de limite entre vida pessoal e profissional, medo de perder o emprego, entre outros.
Quais são os principais sintomas da síndrome de Burnout?
Identificar os sintomas da síndrome de Burnout ajuda as empresas a adotarem iniciativas que cuidem da saúde mental de seus colaboradores. Conheça os principais sintomas abaixo:
- Exaustão e esgotamento: esses sintomas são os primeiros indicadores do transtorno, podendo se manifestar de forma física, como dores de cabeça, fadiga crônica, excesso de sono ou insônia, falta de ar, entre outros, e também de forma psicoemocional, como falta de concentração, frustração, impotência e lapsos de memória.
- Atitudes negativistas: nesse caso, o profissional evita realizar suas tarefas por medo de fracassar, tanto no trabalho quanto consigo mesmo. Isso causa sensações de irritação, impotência e derrota, podendo levar à ansiedade e depressão.
- Falta de motivação: esse sintoma muitas vezes é confundido com preguiça no ambiente de trabalho. Os colaboradores perdem o entusiasmo e ficam desmotivados para realizar suas tarefas. O motivo pode ou não ser provocado por situações no próprio ambiente de trabalho, resultando em atrasos ou baixa qualidade no desempenho.
- Tendência ao isolamento e a problemas interpessoais: os sintomas da síndrome de Burnout podem afetar o relacionamento do profissional com seus colegas de trabalho. Essa situação pode levar ao isolamento, resultando na falta de cumprimento de tarefas ou envolvimento nas atividades sociais da empresa.
- Problemas de saúde: em estágios mais avançados da síndrome de Burnout, os sintomas se manifestam de forma mais intensa, com problemas de saúde, como estresse, ansiedade, problemas gastrointestinais, enxaquecas, palpitações cardíacas, tontura, desmaios e dores no peito. Além disso, a falta de cuidado com a própria saúde e a alimentação inadequada também são fatores que acompanham a síndrome, o que pode levar a condições de baixa imunidade e aumento do risco de doenças.
Como evitar que a síndrome de Burnout afete os colaboradores?
É possível adotar algumas práticas para prevenir e tratar os sintomas da síndrome de Burnout nas empresas. Essas medidas simples podem trazer resultados positivos a longo prazo para a saúde mental da equipe e também para os resultados da organização. Confira algumas dicas:
- Cuide da saúde mental dos colaboradores: estabeleça um diálogo aberto entre os colaboradores e a empresa, para identificar as dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho e encontrar soluções para cuidar da saúde mental da equipe. Essa abertura também é importante para alinhar as expectativas em relação à equipe, evitando cobranças excessivas.
- Incentive uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios: uma dieta balanceada, com a ingestão de nutrientes essenciais, contribui para a reposição de energias e para a saúde dos funcionários. Inclua programas de bem-estar na empresa, promovendo a alimentação saudável e a prática de atividades físicas. Disponibilize alimentos saudáveis no ambiente de trabalho e ofereça sessões de alongamento, meditação ou massagem no local.
- Ofereça momentos de lazer e relaxamento: o descanso é fundamental para a mente e o corpo, ajudando a prevenir e tratar os sintomas da síndrome de Burnout. Portanto, ofereça momentos de lazer e diferentes opções de relaxamento para a equipe, como pausas para atividades de lazer coletivas que fortaleçam o espírito de equipe e melhorem o relacionamento interpessoal.
- Analise a intensidade das cobranças: as cobranças excessivas levam ao estresse e ao esgotamento dos colaboradores, que são sinais da síndrome de Burnout. É importante equilibrar a intensidade das cobranças e fornecer feedbacks construtivos, para não afetar a saúde mental dos colaboradores.
- Cultive relacionamentos saudáveis no ambiente de trabalho: uma convivência mais saudável é fundamental para manter a saúde mental dos colaboradores. Incentive a gentileza, a cooperação e a cordialidade entre os profissionais. Essa prática reduz o estresse e torna os dias de trabalho menos estressantes e mais produtivos para todos.
Proteger a equipe do esgotamento é responsabilidade das empresas. Adotar práticas que promovam a saúde mental dos colaboradores faz toda a diferença, contribuindo para o bem-estar dos profissionais e para a qualidade do ambiente de trabalho. Além disso, isso também resulta em melhores resultados para a empresa como um todo.
Da Redação.
Publica em: 05/12/2023.
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Assuntos sobre: Educação, Comportamento, entre outros.
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