Estresse: lucros e prejuízos na Vida Profissional
Por Pascoal Zani, psicólogo.
No mercado profissional, uma das poucas certezas é a de que precisamos produzir, sempre mais e mais, seja para manter o emprego ou ter sucesso no empreendimento tão sonhado.
Temos a produção, logística ou venda de produtos e serviços, as diretrizes gerais, estratégias corporativas e metas, muitas delas, para mensurar o Desempenho de Alta Performance. É um constante trabalhar sob pressão. Estressante! Acontece que não se trata de uma corrida de cem metros, mas, sim, de uma maratona de 42 anos ou mais. Quase sempre nos superamos, porém, quanto custa? Quanto e como pagamos por isso?
Precisamos desta maravilhosa máquina chamada “corpo humano” em boas condições de uso. Quais lucros e prejuízos do estresse na própria Profissão que por vezes nos estressa? Vamos pensar?
ENTRE O EQUILÍBRIO DO ESTRESSE E O SUCESSO
João dedicou-se ao máximo, conseguiu a promoção esperada. Maria cumpre seus objetivos profissionais enquanto cuida dos filhos e dos afazeres domésticos. Sérgio trabalha 12 (doze) horas por dia em seu empreendimento, com intensa preocupação. A ansiedade deles aumentou e do estresse nem se fala: irritação, cansaço extremo, tensão, dor, novas doenças.
A dedicação de cada um, tão louvável e necessária, é estressora? De bom, de lucrativo, o estresse libera adrenalina, cortisol e norepinefrina, nos leva a agir. Parabéns, estamos na ativa, produzindo, lutando pela sobrevivência, pelos sonhos, realização pessoal, independência financeira, etc.
Em excesso ou por tempo prolongado, deixa o cortisol sempre elevado, provocando dores musculares e outras (cefaleia, por exemplo), irritação, queda de energia, diminuição de serotonina e melatonina (com distúrbios do sono), desencadeamento ou agravamento de doenças autoimunes, desequilíbrio hormonal (prejuízos para a saciedade alimentar, perda de massa muscular e óssea, queda na produção de hormônios sexuais). E mais: desregulação emocional, ataques de pânico, ansiedade, depressão, compulsões e outros males. Enfim, uau, durma com um barulho desses!
Paguei caro pelas etapas da carreira e da Vida em que não alcancei o equilíbrio, por isso meu empenho em alertar. Conheci pessoas que sofreram com Síndrome de Burnout e até quem tirou a própria Vida em momento de exaustão.
DESEMPENHO DE ALTA PERFORMANCE E RESULTADO SUSTENTÁVEL
O profissional tem a obrigação de manter a produtividade. E tem também o desafio de obter resultados sustentáveis com o corpo e a mente danificados pelo estresse de sua busca por ela. E sempre conseguimos nos superar, aguentamos um pouco mais. Exploramos nossos limites para manter a Alta Performance, enquanto desenvolvemos ou cultivamos doenças, transtorno e vícios.
Paradoxalmente, uma pessoa mais “desestressada” obtém resultados mais duradouros. Produzir muito acima do limite do corpo (físico e mente) por um tempo pode ser saudável. Mas nessa corrida de resistência, de “longa distância”, que é a nossa vida profissional, precisamos buscar o equilíbrio em relação ao estresse. E é justamente essa homeostase que viabilizará o resultado de longo prazo.
A criatividade e a memória são habilidades muito debilitadas pelo estresse, já na fase dois, agravando-se. Como esperar Desempenho de Alta Performance e Resultado Sustentável sem elas?
OS RELACIONAMENTOS PROFISSIONAIS E A CARREIRA PROFISSIONAL
Cuidar da rede de contatos é essencial para os negócios. As relações com pares, subordinados, chefias, fornecedores e clientes são decisivas para a carreira e para as indicações profissionais.
Uma pessoa estressada, constantemente irritada, por vezes já adoecida, terá dificuldade de manter boas relações ou provocará atritos que comprometerão seus objetivos profissionais. Você talvez conheça profissionais brilhantes que não alcançam sucesso por terem relacionamentos conflituosos.
A redução de estresse traz ganhos nas relações profissionais e, consequentemente, no clima organizacional; garante a produtividade por mais tempo e melhora as oportunidades na carreira.
AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE E O BEM ESTAR
Há uma tendência comum de produzir, dedicar-se, porém, sem descansar na medida necessária, sem planejar o alcance da eficácia com menor desgaste. Se os pensamentos nos levam a negligenciar a necessidade de reduzir o estresse, então, “alto lá, como posso reagir?” Produzir sem cuidar do estresse faz adoecer. E o adoecido terá grande produção por pouco tempo, o que é motivo bastante para mudar comportamentos. Em outra linha, quem buscar o equilíbrio terá mais chances de resultado sustentável, sucesso na carreira ou no empreendimento.
Você poderá tratar com seu Psicólogo como reduzir estresse, mas vou citar algumas dicas:
questionar-se sobre causas estressoras, agir sobre as “internas” e se adaptar às externas (aceitar o que não pode mudar e responsabilizar-se, agir sobre o que for possível)
registrar pensamentos (de preocupação e de perfeição, principalmente), confrontá-los com a realidade e adaptá-los
perceber, aceitar e controlar as emoções (inteligência emocional)
dizer “não” quando for o caso
priorizar ou excluir atividades
criar/manter disciplina de sono, alimentação e atividade física
exercitar respiração e relaxamento muscular
regular uso de cafeína e bebidas alcóolicas
“fazer nada”, praticar “ócio criativo”, “apertar o botão de pausa”, “descansar para não desistir”
buscar lazer com a família, de preferência com caráter diferente da atividade principal
cultivar o relacionamento afetivo, cuidar das relações com familiares e amigos
treinar “Mindfulness”
praticar hobbies
planejar formas eficientes de produzir com menor desgaste emocional e físico
aprimorar os relacionamentos profissionais: assertividade, cordialidade, empatia
responder para si mesmo: “o que me motiva”, “quais são as minhas paixões”?
planejar a Vida e a Carreira Profissional
Mais que indicar caminhos, espero ter sensibilizado sobre algumas vantagens de buscar o bem-estar, pois, assim motivado, você agirá a respeito, produzirá “mais por mais tempo”, melhorará seu Desempenho Profissional e sua Vida. “Desejo sucesso, e que seja com Alegria!”
Obs.: Esta reflexão não substitui a Psicoterapia
Fonte: Gazeta do Povo
Pascoal Zani – CRP-PR 08/04471
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