Na década de 1990 a Rádio Nacional da Amazônia era a mais ouvida nos quatro canto do Brasil, era comum em cada casa existir um rádio de pilhas para ouvir a Nacional. Mas como chegava o sinal e as vozes dos nossos locutores em nossa casa?.
Clique e veja o vídeoA Jornalista Priscila Rangel, que apresenta o programa EBC no Ar, visitou o Parque de Transmissão da EBC no Rodeador, em Brazlândia (DF). O Rodeador é o maior complexo de antenas e transmissores de radiodifusão, em ondas médias e curtas, da América Latina e o quinto maior do mundo em potência.
Ismar do Vale Júnior, coordenador do Parque de Transmissores do Rodeador, fala da criação do transmissor como um dos projetos de sinais de rádio para cobrir toda Amazônia e o resto do Brasil.
Beth Begonha que é radialista da EBC, fala da importância das faixas de ondas curtas, pois elas têm um papel na segurança nacional, é um serviços que não está sujeito a tantos intempéries nas questões atmosféricas, dar exemplo do Japão.
Paulo Duarte, supervisor técnico do Parque de Transmissores do Rodeador, explica que é exemplo para outros países.
Em março de 2017, uma sequência de raios atingiu a subestação de energia do parque de transmissão, forçando a emissora a não só operar com alcance reduzido, mas também a diminuir o tempo total de transmissão.
Dois anos e oito meses após problemas técnicos obrigarem a Rádio Nacional da Amazônia a operar com potência limitada, deixando milhões de moradores de áreas rurais, ribeirinhas e fronteiriças da Região Norte órfãos de uma de suas principais fontes de informação e entretenimento, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) reinaugurou a subestação de ondas curtas da emissora.
“Vamos chegar a mais cidades, se Deus quiser”, afirmou o presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes, enquanto acompanhava os últimos ajustes no parque transmissor, localizado em Brazlândia (DF), a cerca de 50 quilômetros da sede da empresa, que também é formada pela Agência Brasil, a TV Brasil, as rádios Nacional de Brasília, do Rio de Janeiro e do Alto Solimões, além das rádios MEC AM e FM do Rio de Janeiro.
“O grupo de geradores a diesel que passamos a usar conseguia manter só um transmissor de menor potência, com o qual conseguíamos fazer nosso sinal chegar até a Amazônia. Agora, além deste transmissor de 25 metros, estamos religando um transmissor de 49 metros, que vai ampliar o alcance”, comentou o coordenador de engenharia da Rádio Nacional Ondas Médias da AM-Brasília, Adriano Goetz da Silva, explicando a importância de uma rádio operando em ondas curtas em tempo de internet e web rádios.
O engenheiro Ismar do Vale Júnior, explica que durante o período em que a Rádio ficou sem transmitir nas faixas de ondas curtas, percebeu a importância dos transmissores principalmente para a população da Amazônia.
Inaugurada em 1977, a Nacional da Amazônia transmite em ondas curtas para toda a região amazônica, chegando também a outros estados como Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, interior de São Paulo e, dependendo das condições climáticas, até mesmo a outros países.
Presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes, o diretor de Operações, Alexandre Graziani Júnior, e o coordenador Ismar do Vale Junior - José Cruz/Agência Brasil |
Coordenador do parque transmissor da emissora de ondas curtas, Ismar do Vale Júnior, se emocionou ao ajustar os últimos detalhes para que a Rádio Nacional da Amazônia volte a ser ouvida em alto e bom som pelos ouvintes mais distantes. “É a sensação de ver um filho que estava doente ser curado e voltar à vida”, comentou o funcionário, na empresa desde 2009.
Para o presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes, a retomada da plena potência da transmissão devolve à emissora seu papel estratégico.
“A Rádio Nacional presta um serviço de utilidade pública. Basta ver que nenhuma das grandes nações, das que tem dimensões continentais, abriu mão de suas estações de ondas curtas. O que estamos voltando a colocar em funcionamento é uma estação estratégica para o país em termos de segurança. E que leva emoção e informação às pessoas”, enfatizou Gomes.
ABEE-DF homenageia o Eng. Ismar do Vale Junior no Dia do Engenheiro Eletricista
Ismar do Vale Junior foi homenageado no dia nacional do engenheiro eletricista, pelos relevantes serviços de pesquisa, sondagem, teste e manutenção dos serviços de radiodifusão, em alta potência, de ondas médias – OM e ondas curtas – OC no Parque de Antenas do Rodeador, da Empresa Brasil de Comunicação – EBC.
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