A Rádio
Nacional da Amazônia completou 43 anos neste 1º de Setembro de 2020, sua trajetória no ar
engloba as emissoras da antiga radiobrás, atual EBC.
Criada
em 1º de Setembro de 1977, a Rádio Nacional da Amazônia (OC 11.780 KHz e
6.180KHz) nasceu para integrar a Amazônia Legal ao restante do País. No dia 1º
de setembro, a emissora comemorou mais de quatro décadas, com histórias
emocionantes de reencontros entre familiares, de contribuição para a superação
das desigualdades e de atenção às questões da região.
Ao longo dos quarenta e três anos, a
rádio construiu uma forte relação com seu público, formado por cerca de 60
milhões de pessoas, sobretudo, da região Norte, mas também do Nordeste e
Centro-Oeste. A programação combina notícias, música popular e serviço ao
cidadão. É produzida por uma equipe talentosa e comprometida com a vida dos
povos amazônicos e com o dia a dia de suas atividades produtivas e sociais.
A foto do endereço antigo no setor norte SCRN.
Veja como era a transmissão na faixa de ondas curtas
Programa Shou da tarde com José Nery e Paulo Torres. Quadro hora do fã
A Radiobrás em 2007 passou a se
chamar EBC – Empresa Brasileira de Comunicação, ou seja uma gestora da TV
Brasil, a TV Brasil Internacional, Agência Brasil, Radioagência Nacional e do
sistema público de Rádio, composto por oito emissoras: Rádio Nacional AM do Rio
de Janeiro (1.130 KHz), Rádio Nacional AM de Brasília (980 KHz), Nacional FM de
Brasília (96,1 MHz), Rádio MEC AM do Rio de Janeiro (800 KHz), MEC FM do Rio de
Janeiro (99,3 MHz), Rádio Nacional da Amazônia OC (11.780 KHz e 6.180 KHz),
Rádio Nacional AM do Alto Solimões (670 KHz) e Rádio Nacional FM do Alto
Solimões (96.1 MHz). Por sua independência editorial, os veículos públicos
distinguem-se dos canais estatais ou governamentais.
Em homenagem aos 43 anos da Rádio
Nacional da Amazônia Sula Sevilles e Airton Medeiros concedeu
entrevista ao Programa Tarde Nacional.
Airton
comandou o Nossa Terra por 13 anos, programa dedicado
aos agricultores familiares que trazia informações sobre meio ambiente,
cooperativismo, pecuária, tecnologias para o campo, entre outros.
Sula
Sevillis apresentou o Ponto de Encontro por
34 anos. O programa foi criado para atender a grande demanda de cartas e
recados recebidos pela emissora.
Na
entrevista, os dois relembraram momentos marcantes da Nacional da Amazônia.
Ouça a entrevista na íntegra:
A rede de emissoras produz
conteúdos diferenciados que a singulariza por espelhar de maneira mais
fidedigna a complexidade cultural brasileira, ocupando um espaço complementar,
não preenchido pelos canais privados.
A Rádio Nacional busca manter sua
marca e ferramenta de segurança nacional no contexto de regime militar no
Brasil. Num período de população nas ruas pedindo a retomada da democracia e liberdade
para presos políticos, em 1º de setembro de 1977, a Rádio Nacional da Amazônia
foi inaugurada, transmitindo em ondas curtas para mais da metade do país.
O professor Valdivino Sousa e o
apresentador Airton Medeiros, em visita os estúdios da emissora. O programa
Nossa Terra tem como público alvo os agricultores familiares, extrativistas,
das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.
O professor Valdivino Sousa e o apresentador Airton Medeiros, em visita os estúdios da emissora |
O programa era apresentado de
segunda a sexta-feira, das 17h às 18h45, o programa levava para os ouvintes
informações sobre o meio-ambiente, agronegócio, pecuária, cooperativismo e
novas tecnologias.
O programa nasceu dentro das
comemorações de 26 anos da Rádio Nacional da Amazônia, em setembro de 2003. Além
do Nossa Terra Airton Medeiros também por 17 anos apresentou a Voz do Brasil,
dos quais 05 deles foram ao lado de Sula Sevilles.
”A Rádio Nacional da Amazônia faz
parte da minha vida, pois desde de 1980, ainda quando morava na Bahia
ouvia a rádio pelo radinho de pilha, praticamente cresci ouvindo a programação
da Nacional”, explica Valdivino Sousa. Atualmente Valdivino Sousa conhece
toda a história e equipe da rádio, desde dos radialistas mais antigos como:
José Nery, Paulo Torres, Artemiza Azevedo, Edelson Moura, Clyaton Aguiar,
Airton Medeiros, entre outros.
“Eles nos ensinaram muitas coisas boas
para a nossa vida”, conta Artemisa. A rádio começou a integrar a região
com outros estados por meio de informação e também por mensagens e recados. No
ar com o programa que promove a integração entre ouvintes há 32 anos, a
apresentadora Carmem Crisula, mais conhecida como Sula Sevilis, ressalta a
função da rádio como um verdadeiro Ponto de Encontro.
“Nós
criamos o Ponto de Encontro porque havia muitas cartas que nós recebíamos de
ouvintes que queriam encontrar seus parentes, desaparecidos. Porque a Amazônia
na verdade estava se abrindo como região, muitas pessoas do Brasil iam tentar
sua sorte, plantar e também garimpar né e aí os parentes que ficavam nos outros
estados queriam saber notícias”, relembra.
Equipe
atual de 2020 e equipe antiga de 1989
Os
radialistas e jornalistas da Rádio Nacional da Amazônia trabalham diariamente
para levar às populações da região informação e cidadania.
“Para milhares de brasileiros,
mais que uma fonte de informação ela é o único meio das pessoas se
comunicarem”, enfatiza o gerente da Nacional da Amazônia, Miguelzinho Martins.
O time é composto por Frank
Silva, do Bom Dia Amazônia; Maurício Rabelo, do Eu de Cá, Você de Lá; Juliana
Maya, do Tarde Nacional; Bel Pereira, do Mosaico; Ediléia Martins, do Nacional
Jovem; Carlos Moreira, criador do apelido da emissora, “Orelhão da Amazônia”, e
apresentador do Conexão Amazônia; Eduardo Mamcaz, do Em Conta; Sula Sevillis,
do Ponto de Encontro; Airton Medeiros; do Nossa Terra; Artemisa Azevedo, do
Falando Francamente; e Mara Régia, do Natureza Viva e do Viva Maria.
Observação: Sulas Sevilles, Airton Medeiros e
Artemiza Azevedo desligaram da Rádio Nacional, mas todo ano de aniversário como
este de 2020, ambos concedera entrevista falando sobre o excelente trabalho
prestado aos ouvintes.
Também integram a equipe Antonio
Carlos, Antonio Miranda, Bruna Alves, Celio Antonio, Cleide de Oliveira, Beth
Begonha, Gaby Einstoss, Katia Lins, Marina Couto, Patrícia Fontoura, Roberta
Timponi, Sandra Torres, Sueli Silva, Taiana Fonseca, Tatiana Albuquerque,
Reginaldo Fonseca, Maãn Caiabi e Cláudio Lima.
Ponto
de Encontro
O programa Ponto de Encontro ia
ao ar de segunda a sexta, às 10h, rendeu à apresentadora Sula Sevillis a
indicação de finalista, em 2015, do Prêmio Cláudia, que reconhece as
contribuições de mulheres talentosas, na categoria Trabalho Social.
Criado há 32 anos, o Ponto de
Encontro nasceu para suprir a grande demanda de recados que a emissora recebia,
principalmente via carta. Por ano, o programa promove uma média de 60
reencontros entre parentes. Desses, entre 30 a 35 participam do programa
especial que reúne as histórias mais emocionantes do ano.
Em 2016, o Ponto de
Encontro recebeu 341 cartas e 2.172 telefonemas atendidos no estúdio, por meio
da Central do Ouvinte.
“É como se nós fizéssemos parte da família dos
ouvintes”, revela Sula sobre o programa.
Em São Paulo, um grupo de estudantes
da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM) produziu um
documentário com os ouvintes do Ponto de Encontro. Os alunos do curso de Rádio
e TV e de Jornalismo viajaram para Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, e
para São Félix do Xingu, no Pará, para conhecer as histórias das pessoas que
mais contribuem para o programa.
O
que mais chamou a atenção dos estudantes foi a função social que a rádio exerce
na Amazônia. Em São Paulo, por exemplo, dizem, a rádio tem o objetivo de
diminuir a tensão do trânsito.
Assista
ao vídeo para saber como os estudantes avaliam o Ponto de Encontro, um dos
programas mais ouvidos da emissora.
O
conteúdo da Nacional sempre atingiu os mais diversos públicos. As crianças, por
exemplo, tinham o Encontro com Tia Leninha que estreou em 1979, apresentado
pela querida Helena Bortone, e que marcou a infância de muita gente. Em 2004, a
rádio inovou com a criação do primeiro radiojornal com uma pauta voltada
exclusivamente para a região: o Jornal da Amazônia. O programa Falando Francamente
ganhou diversos prêmios com quadro que falava de forma didática sobre a
previdência.
A
seguir fotos do Professor e Escritor Valdivino Sousa com algumas pessoas que
marcaram a Rádio Nacional da Amazônia.
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